Mais de 300 supermercados acabam de ser vendidos por 100 euros no Brasil: Saiba o motivo
Em um interessante desdobramento do mundo dos negócios, a conhecida rede varejista Dia, originalmente da Espanha, declarou na sexta-feira, 31 de maio de 2024, que venderá suas atividades no Brasil. Este movimento é parte de uma estratégia para se concentrar em mercados que considera mais lucrativos, como Espanha e Argentina.
A transação envolve um acordo com a MAM Asset Management, uma gestora de ativos que faz parte do Banco Master, criando um fundo responsável pela aquisição das operações da rede de supermercados Dia no território brasileiro. Surpreendentemente, o negócio foi fechado por um valor simbólico de apenas 100 euros.
Por que a Rede Dia Está Mudando Seu Foco?
Ao longo dos anos, o Grupo Dia fez investimentos significativos no Brasil desde sua chegada em 2001. Apesar dos esforços, os resultados financeiros não foram os esperados, levando a empresa a tomar uma direção drástica. Em um comunicado oficial, a empresa explicou que esta decisão de venda faz parte de um plano maior para redirecionar seus esforços onde têm obtido maior sucesso.
Qual o Impacto Financeiro Desta Venda Para o Dia?
Antes de concretizar a venda, o Dia comprometeu-se a transferir 39 milhões de euros para sua unidade no Brasil. No entanto, esta manobra não foi suficiente para evitar um prejuízo substancial. Consequentemente, a rede projetou um prejuízo de 101 milhões de euros em seu balanço devido a essa decisão estratégica.
O Historial De Prejuízos da Dia no Brasil
Recentemente, o Grupo Dia anunciou que fecharia mais de 300 lojas e três depósitos no Brasil, uma decisão tomada após resultados negativos contínuos ao longo do último ano. Em 21 de março, a rede solicitou Recuperação Judicial devido a dívidas que acumularam um total impressionante de R$ 1,081 bilhão. Esta situação destacou ainda mais a necessidade de reestruturação da empresa.
Além do Brasil, o Grupo Dia também se retirou de Portugal, onde operava cerca de 500 supermercados. Esta série de retrações reflete a estratégia do grupo de consolidar sua posição e fortalecer suas operações nos mercados onde ainda vê potencial de crescimento sustentável, como na Espanha e na Argentina.
- Redirecionamento estratégico para mercados lucrativos.
- Venda simbólica das operações brasileiras.
- Impacto significativo nos balanços financeiros.