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Manganês, cobre e mais 2 mineiras podem ser retirados do fundo do mar perto de São Paulo

As profundezas dos oceanos, que ainda guardam muitos de seus segredos, estão prestes a se tornar o novo campo de batalha por recursos naturais. Com jazidas de cobre, cobalto, manganês e níquel ocultas sob o leito marinho, o desejo de exploração desses minerais está crescendo, impulsionado pela transição global para energias limpas e carbono-zero. No entanto, essa corrida ao “tesouro subaquático” levanta preocupações ambientais significativas.

Atualmente, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), órgão da ONU responsável pela regulamentação da mineração em águas internacionais, está em debate na Jamaica, discutindo as regras para a exploração desses recursos. 

O evento, que vai até 2 de agosto, envolve representantes de 167 países signatários da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar. Entre as questões centrais estão a regulamentação da mineração e a eleição do novo secretário-geral da ISA, com a diplomata brasileira Letícia Carvalho concorrendo ao cargo.

Qual é a posição dos ambientalistas?

Ambientalistas alertam que a mineração no fundo do mar pode causar impactos ambientais severos, semelhantes à magnitude das riquezas exploradas. Louisa Casson, ativista do Greenpeace, destaca o risco de uma “mineração sem freio” caso não haja uma moratória para avaliação dos danos potenciais. 

A pressão para uma moratória tem apoio de países como Brasil, Chile e Canadá, além de cientistas e empresas como Google e BMW. A ISA já concedeu 31 contratos de exploração para testes em 1,5 milhão de quilômetros quadrados de fundo marinho, o que equivale a quatro vezes o tamanho da Alemanha. 

Esses contratos abrem caminho para uma futura mineração em larga escala, caso as regulamentações não sejam firmemente estabelecidas. Enquanto isso, o cenário global está dividido: alguns países e entidades pressionam por uma regulamentação rigorosa, enquanto outros, como China e Noruega, buscam acelerar o licenciamento.

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