A família do heptacampeão de Fórmula 1, Michael Schumacher, fi indenizada em 200 mil euros, cerca de R$ 1,1 milhão, após a revista alemã “Die Aktuelle” publicar uma entrevista falsa atribuída ao ex-piloto. A edição, divulgada em abril do ano passado, afirmava trazer “a primeira entrevista” com Schumacher desde o grave acidente de esqui sofrido na França em 2013.
A responsabilização pelo pagamento foi assumida pelo grupo Funke-Mediengruppe, que controla a publicação. O episódio gerou uma grande repercussão negativa, e não é a primeira vez que a revista enfrenta controvérsias relacionadas à família Schumacher.
Em 2014, “Die Aktuelle” já havia sido processada por Corinna Schumacher, esposa do ex-piloto, após uma edição estampar sua foto com o título “Corinna encontra um novo amor”.
Declarações da revista
A diretora-executiva do grupo, condenou a ação da revista. Em suas palavras, o artigo é de mau gosto e engano, nunca deveria ter aparecido. “Ele não atende de forma alguma aos padrões do jornalismo que nós – e nossos leitores – esperamos de uma editora como a FUNKE.”.
A falsa entrevista incluía declarações fictícias atribuídas a Schumacher, como: “É realmente muito mais fácil com o apoio da família. Minha esposa e meus filhos foram uma bênção e eu não poderia ter superado isso sem eles. É claro que eles também estão muito tristes sobre como tudo correu, mas a vida é assim, infelizmente, às vezes temos que aceitar as coisas que correm mal. Eles me apoiaram e ficaram firmemente ao meu lado.”
No final da publicação, a fala foi atribuída a um gerador de inteligência artificial, que teria escrito as palavras que foram supostamente ditas pelo ex-piloto.
Repercussão negativa
Diante da repercussão negativa, a revista se desculpou publicamente e demitiu a editora-chefe Anne Hoffmann.
A resposta da editora, juntamente com a indenização, evidencia a pressão e as expectativas de padrões éticos no jornalismo, especialmente ao lidar com figuras públicas e suas famílias em momentos de vulnerabilidade.