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Minério está chegando ao fim em tradicional região brasileira: Só mais alguns anos e tchau

Os municípios mineradores de Minas Gerais estão adotando medidas para diversificar suas economias, visando reduzir a dependência da mineração e assegurar a sustentabilidade econômica a longo prazo. Em 2023, essas cidades receberam R$ 3,1 bilhões em royalties da mineração, destacando a importância do setor para a geração de empregos e renda.

São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central, lançou recentemente o projeto Prospera+, que visa atrair empresas de outros setores. Atualmente, o município depende em cerca de 90% da mineração. “Não é que o minério já esteja exaurido, mas temos que pensar no futuro das gerações”, declarou o prefeito Raimundo Nonato de Barcelos (PDT). 

O projeto inclui incentivos como destinação de áreas públicas para novos empreendimentos, capacitação de mão de obra e um fundo para reduzir custos para empresas.

Diversificação na mineração

O consultor da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), Waldir Salvador, enfatiza a necessidade de diversificação. “A mineração tem um prazo definido, e se as cidades não investirem em outras atividades, enfrentarão grandes dificuldades no futuro”, afirmou. Ele destacou que São Gonçalo do Rio Abaixo tem aproximadamente 40 anos restantes de exploração mineral.

Em Itabira, outra cidade na Região Central, a situação é crítica. Com mais de 80% da receita municipal ligada à mineração, a previsão é que as atividades da Vale na cidade terminem em 2041. A prefeitura está implementando o programa Itabira Sustentável, com mais de 60 projetos para promover a diversificação econômica, incluindo a transposição do Rio Tanque e a construção de um novo distrito industrial.

Barão de Cocais já sente os impactos da redução da atividade mineral. Em maio, a Gerdau “hibernou” sua unidade na cidade, resultando na demissão de mais de 400 trabalhadores. A prefeitura aponta que os impactos financeiros serão sentidos a longo prazo, mas os sociais são imediatos, com a perda de empregos e redução na arrecadação de impostos locais.

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