Motivo revelado! É por isso que estão tirando toda a grana da poupança
A retirada sem precedentes de fundos da poupança no Brasil tem instigado dúvidas sobre o que está impulsionando essas movimentações. Em outubro de 2023, um saldo líquido negativo de R$12,2 bilhões foi registrado, marcando um marco desde 1995, despertando preocupações nos bancos.
A retirada do dinheiro da poupança tem se tornando um padrão ao longo dos anos, com apenas um mês excepcional – junho – registrando uma entrada líquida positiva de R$2,6 bilhões, enquanto todos os outros meses testemunharam retiradas expressivas. Em outubro, os saques superaram os depósitos em R$12,16 bilhões, diminuindo o estoque total dos depósitos para R$961,8 bilhões, refletindo a dinâmica volátil dos investimentos e movimentos financeiros dos brasileiros.
O que está por trás desse fenômeno? Diversos fatores convergem para explicar essa retirada maciça de recursos da poupança. Apesar das reduções consecutivas na taxa Selic, que atualmente está em 12,25% ao ano, o Brasil mantém a maior taxa de juros reais do mundo. Esse cenário é complementado por indicadores alarmantes de endividamento, atingindo cerca de 48% da renda acumulada nos últimos doze meses até agosto.
Ainda que a inadimplência tenha apresentado uma redução para 3,5% em setembro, permanece em patamares historicamente elevados. Além disso, a introdução do programa “Desenrola” em julho, focado na renegociação de dívidas, resultou na revisão de R$14,3 bilhões em 2 milhões de contratos em um curto período de tempo.
Esses elementos, conjugados, provavelmente estão impulsionando a retirada expressiva de recursos da poupança, refletindo uma busca por liquidez para enfrentar dívidas e as desafiadoras condições econômicas atuais. A procura por alternativas para lidar com o endividamento e as altas taxas de juros tem se revelado um motivador central para o esvaziamento significativo dos depósitos na caderneta de poupança.