Motoristas de aplicativo estão revoltados com decisão do Governo Lula
Motoristas de aplicativos por todo o Brasil expressam sua insatisfação diante da proposta de regulamentação da profissão apresentada pelo governo. Sob a liderança da Federação dos Motoristas por Aplicativos do Brasil (Fembrapp), manifestações ocorreram em várias regiões do país nesta terça-feira.
O estopim da indignação dos motoristas é a proposta de pagamento mínimo de R$ 32,10 por hora de trabalho, conforme estipulado no projeto de lei complementar 12/2024. Este valor é considerado insuficiente pelos profissionais, que reivindicam uma remuneração mais alta para seu trabalho.
Nas redes sociais, inúmeros relatos de motoristas expressam sua oposição à proposta do governo. Muitos consideram que a regulamentação proposta não traz benefícios significativos para a categoria e pode até mesmo prejudicar suas condições de trabalho.
Além da questão salarial, os motoristas também criticam outros pontos do projeto de lei, como a jornada máxima de 12 horas diárias em uma mesma plataforma e a exigência de pelo menos 8 horas diárias para acesso ao piso da categoria.
Enquanto isso, em Brasília, motociclistas também demonstraram apoio à causa dos motoristas de aplicativos, mesmo não sendo diretamente afetados pelo projeto de lei.
Por outro lado, a proposta recebeu apoio da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que destacou benefícios como a inclusão no sistema previdenciário e regras de transparência.
Diante da crescente tensão entre os motoristas e o governo, o projeto de lei segue para análise na Câmara dos Deputados, com prazo de resposta até 19 de abril. Espera-se que o debate público sobre a proposta contribua para encontrar soluções que atendam às demandas dos motoristas de aplicativos e garantam condições de trabalho justas e dignas para a categoria.