Mulheres não ocupam nem 40% de cargos de liderança em empresas
As mulheres já avançaram muito no mercado de trabalho, especialmente em setores como Recursos Humanos e Relações Institucionais. No entanto, quando falamos de termos de igualdade de gênero, o mercado financeiro brasileiro ainda enfrenta desafios significativos.
Conforme dados do IBGE, as mulheres ocupam somente 33,86% dos cargos de liderança, nas principais instituições financeiras do país. Essa disparidade é considerada alarmante, já que as mulheres representam metade da população brasileira.
Como foi feita a análise?
Esses números do IBGE foram tirados de uma análise detalhada, realizada com 82 empresas e 249 profissionais, que revelou áreas estratégicas como Investment Banking, continuarem a apresentar uma marcante disparidade de gênero, com apenas 17,39% de mulheres em posições de alta gestão.
Vice-presidente de diversidade e inclusão na FESA Group, Jaime Almeida, argumenta que a predominância masculina histórica nos altos escalões do setor financeiro, representa uma barreira significativa para a progressão feminina.
Maternidade é um empecilho
Além da questão profissional, a maternidade também se revela como uma barreira substancial para a inserção feminina no mercado de trabalho.
Uma pesquisa da Opinion Box revelou que 26% das mulheres perderam oportunidades de emprego devido à maternidade, enquanto mais de 40% das candidatas em entrevistas são questionadas sobre planos de gravidez futura.
Os crescentes custos com a assistência à infância também são apontados como um fator que impede muitas mulheres de buscar emprego, contribuindo para perpetuar o ciclo de desigualdade e dependência.
Inclusão de mulheres nos cargos de liderança
No entanto, a inclusão de mulheres em cargos de liderança não é apenas uma questão de equidade, mas também uma estratégia empresarial inteligente.
Além de representarem uma vasta parcela do mercado consumidor, as mulheres trazem perspectivas diferentes e essenciais para a tomada de decisões estratégicas nas empresas.
Diante desse cenário, empresas estão começando a reconhecer a necessidade de políticas afirmativas que promovam a equidade de gênero.
Iniciativas como maior representatividade no processo de recrutamento e nas listas de candidatos, assim como esforços para aumentar a visibilidade feminina em diretorias e conselhos, têm ganhado espaço.