Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou uma investigação em andamento para determinar se as operadoras de telefonia tinham conhecimento de possíveis atividades de monitoramento ilegal por meio do software espião vinculado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Paralelamente, a Polícia Federal também está conduzindo uma investigação sobre o caso.
Essa situação ressalta a importância da resposta rápida e eficaz diante de potenciais ameaças à privacidade, evidenciando a necessidade de cooperação entre as empresas de telecomunicações e as autoridades competentes para abordar e resolver questões relacionadas à segurança digital e à proteção de dados dos usuários.
As empresas de telefonia devem adotar medidas rigorosas para garantir a segurança e privacidade das informações pessoais dos clientes, alinhando-se às exigências da legislação.
Quais são as consequências?
Se essas empresas forem identificadas realizando monitoramento ilegal de dispositivos eletrônicos, estão sujeitas a sanções rígidas, segundo a norma de 2018.
Isso pode variar desde multas que podem chegar até R$ 50 milhões, até suspensão parcial do funcionamento do banco de dados e proibição total das atividades.
Dicas para segurança digital
Para aumentar a segurança dos dispositivos, Lucas Galvão, CEO da Trust Governance e especialista em cibersegurança, dá algumas dicas.
É essencial manter os sistemas operacionais sempre atualizados e controlar as permissões concedidas aos aplicativos instalados. É preciso assegurar que um simples jogo ou aplicativo de cálculos não está acessando as fotos da pessoa, alerta Lucas.
Ele ainda sugere a instalação de aplicativos de segurança, mesmo em celulares. Por fim, o especialista aconselha a adoção de medidas de segurança tradicionais, tais como não compartilhar senhas pessoais e evitar clicar em links duvidosos. “Aquele link suspeito de uma promoção, por exemplo, pode estar roubando seus dados”.