O Nordeste do Brasil deverá viver uma década de expansão significativa em infraestrutura, com foco em energia renovável e na indústria verde. O Banco do Nordeste (BNB) está ampliando seus investimentos, indo além da concessão de microcréditos para pequenas empresas e se dedicando ao suporte de grandes projetos de infraestrutura na região.
Paulo Câmara, presidente do BNB, destacou que a instituição tem proporcionado segurança e atratividade para investidores, mostrando que vale a pena investir na região. Nos primeiros nove meses de 2024, o banco desembolsou R$ 42,4 bilhões, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior.
Além disso, o BNB está alinhado aos projetos do governo federal, especialmente no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Cerca de 40% do orçamento do novo PAC foi destinado ao Nordeste, com foco na modernização de aeroportos, ferrovias e na ampliação da indústria de energia renovável.
O Nordeste é responsável por 82,3% da energia solar e eólica gerada no Brasil, com uma capacidade instalada de quase 30 gigawatts (GW), o que representa mais de 15% da produção de energia elétrica do país.
Entre os projetos destacados, o Complexo de Pecém, no Ceará, se destaca como um polo estratégico para a produção de hidrogênio verde. O Ceará tem grande potencial de energia solar e eólica, sendo considerado um local de baixo custo para a produção deste combustível limpo.
Em outubro, foi aprovado o maior projeto de hidrogênio verde do Brasil, com um investimento de R$ 17,5 bilhões, que poderá produzir até 2,1 GW de energia na segunda fase do projeto, consolidando o potencial do Nordeste como líder em energia renovável.