No dia 11 de janeiro, o Banco Central da Argentina surpreendeu o país ao revelar planos de introduzir novas cédulas, desta vez nos valores de 10 mil e 20 mil pesos ainda este ano. A medida é uma resposta direta à inflação anual massiva que atingiu assombrosos 211% em dezembro do ano passado.
Enfrentando uma crise econômica sem precedentes, o Banco Central já havia injetado uma nota de 2 mil pesos em 2022, sendo a de maior valor em circulação na época. As novas cédulas de 10 mil e 20 mil pesos chegam em meio a uma tentativa desesperada de conter a hiperinflação que assola a economia argentina.
Inflação recorde na Argentina
Dados recentes revelam que a taxa de preços ao consumidor na Argentina alcançou seu ponto mais alto desde o início da década de 1990 em 2023. A situação econômica complexa coloca os argentinos em um constante desafio diante da perda significativa do poder de compra.
O recém-eleito presidente, Javier Milei, conhecido por suas visões ultraliberais, está implementando medidas de austeridade para conter a escalada inflacionária. A introdução das novas cédulas é parte dos esforços do governo para estabilizar a economia.
Mudanças na moeda
Eleito em 19 de novembro, Javier Milei, defensor do ultraliberalismo de direita, venceu o segundo turno contra Sergio Massa, candidato da União Pela Pátria. Uma das promessas mais polêmicas de Milei para solucionar a crise econômica é a dolarização da economia.
No entanto, durante a eleição presidencial, críticas abundaram em relação à delicada situação econômica argentina. Milei responsabilizou o governo anterior pelo aumento vertiginoso da inflação e do dólar, intensificando ainda mais o debate acalorado sobre o futuro econômico do país.
Analistas agora aguardam para ver os próximos passos do presidente e seu governo na busca por medidas eficazes de longo prazo para estabilizar a economia.