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O que está causando as secas nos rios brasileiros?

Um estudo do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), revela que o Brasil enfrenta a maior seca já registrada em seu território. A pesquisa, publicada no periódico Water, mostra que 55% do país, o equivalente a 4,6 milhões de km², está afetado pela redução da vazão de rios, lagos e reservatórios, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Amazônia.

As principais causas apontadas para o fenômeno são o aumento das temperaturas e a redução de chuvas. O estudo destaca que ondas de calor sucessivas, como as que atingem o país em 2024, têm causado uma queda significativa na vazão de grandes rios, como o São Francisco. Além disso, o aumento das temperaturas foi mais severo do que a diminuição das chuvas, contribuindo para um desequilíbrio no ciclo hídrico.

Os rios Paraguai, Paraná, Amazonas, Tocantins, Araguaia, Jequitinhonha, Paraíba do Sul e São Francisco são os mais afetados. O impacto também se estende ao Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, e a rios importantes no Sul do país, como o Jacuí, o Iguaçu e o Uruguai.

A pesquisadora Elisangela Broedel, do Cemaden, explica que o fenômeno El Niño contribuiu para a redução das precipitações na porção centro-norte do Brasil. A combinação de menos chuvas com altas temperaturas intensificou a seca, afetando a umidade do solo e a recarga de aquíferos.

Broedel alerta que, com as mudanças climáticas, eventos extremos de seca e tempestades podem se tornar mais frequentes, exigindo maior atenção à gestão de recursos hídricos e à preservação dos ecossistemas.

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