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O que faz os juros do Brasil aumentarem enquanto nos EUA caem?

Os juros nos Estados Unidos e no Brasil seguiram direções opostas na última semana, refletindo as distintas realidades econômicas e fiscais de cada país. Enquanto o Federal Reserve (Fed) cortou sua taxa de juros em 0,25 ponto, levando o índice para a faixa de 4,5% a 4,75% ao ano, o Banco Central (BC) do Brasil aumentou a Selic em 0,5 ponto, elevando-a para 11,25% ao ano.

Nos EUA, a redução das taxas é impulsionada pelo controle da inflação, que desacelerou para 2,1% em setembro, aproximando-se da meta do Fed de 2%. A estabilidade no mercado de trabalho também favoreceu essa flexibilização, buscando evitar uma desaceleração econômica excessiva.

Já no Brasil, a inflação permanece elevada, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro em 4,42%, próximo do teto da meta do BC. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar os juros como resposta a um cenário fiscal expansionista, que tem impulsionado a demanda e contribuído para o aumento da inflação. Especialistas apontam que a política fiscal do governo, com pacotes de gastos elevados, tem sido um fator importante nesse aumento de preços.

A diferença nas políticas monetárias dos dois países reflete a realidade econômica interna de cada um. Enquanto os EUA experimentam um controle inflacionário mais eficaz, o Brasil lida com desafios fiscais que exigem uma postura mais rígida do Banco Central.

A dinâmica entre inflação, juros e política fiscal segue sendo fundamental para entender as escolhas econômicas de cada nação.

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