O que levou o Governo a não retomar o horário de verão em 2024?
O Governo Federal decidiu não retomar o horário de verão em 2024. O anúncio foi feito pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na última quinta-feira (16). Segundo a pasta, a medida será reavaliada em 2025, caso o país enfrente risco de desabastecimento de energia.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, desde 2023 o Brasil não corre risco de crise energética. A decisão foi tomada com base no planejamento do governo, que garantiu a segurança no setor, mesmo diante da pior seca em 70 anos. Entre as medidas destacadas estão a preservação de recursos da bacia do Rio Paraná e a operação no reservatório da Usina de Belo Monte.
A principal razão para o desabastecimento de energia no Brasil é a baixa nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que atingiram o menor índice em três anos. Para incentivar a economia de energia, a Aneel aumentou a bandeira tarifária nas contas de luz.
Embora o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Silveira tenham afirmado que não há risco de crise energética em 2024, um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou que o retorno do horário de verão poderia gerar uma economia de R$ 400 milhões. A modalidade aumenta a exposição à luz solar e diminui o uso de energia elétrica em horários de pico.
O governo sinalizou que o horário de verão poderá ser adotado em 2025, caso seja necessário para aumentar a segurança do sistema elétrico e reduzir tarifas. A preservação dos reservatórios e a diminuição do uso de usinas térmicas, que são mais caras, são prioridades no planejamento energético.