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O que o Plano Real representa para a economia em seus 30 anos de criação?

Há três décadas, o Brasil testemunhava uma revolução econômica com a implementação do Plano Real, que acabou com a hiperinflação e estabilizou a economia nacional. O plano, iniciado em julho de 1994, substituiu o cruzeiro real pelo real e introduziu a Unidade Real de Valor (URV), uma moeda temporária que indexava preços e salários. Segundo o economista Persio Arida, um dos arquitetos do plano, “foi um processo extraordinariamente arriscado, difícil, com percalços, podia ter dado errado em vários momentos”.

Inspirado em modelos anteriores e com amplo apoio político, o Plano Real não apenas estabilizou os preços, mas também resgatou o poder de compra da população. Em apenas seis meses, a inflação, que atingia níveis exorbitantes, foi drasticamente reduzida. De acordo com Edmar Bacha, outro idealizador do plano, “ao acabar com a hiperinflação, o plano deu poder de compra ao salário do trabalhador. Todo esse pandemônio que era a vida do brasileiro com a inflação ficou para a história”.

O sucesso do Plano Real foi reconhecido internacionalmente como um marco de estabilização econômica. Para Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Way Investimentos, “foi muito bem elaborada a questão da URV. O Plano Real usou tanto medidas ortodoxas, de ajuste fiscal e juros altos, como heterodoxas, que envolveram a criação de uma moeda paralela temporária”.

Três décadas depois, economistas destacam que o maior legado do Plano Real é ter trazido a inflação para níveis civilizados, proporcionando estabilidade econômica e melhorando a qualidade de vida dos brasileiros.

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