O que rende mais, a poupança com Selic a 10,50%, ou CDB ou tesouro direto?
O corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), trouxe a taxa básica de juros para 10,50% ao ano. Essa redução pode ter impacto significativo nos investimentos de renda fixa, especialmente para aqueles que buscam segurança e rentabilidade.
Com a Selic em 10,50%, a poupança é uma das opções menos rentáveis. Uma aplicação de R$ 10 mil renderia R$ 10.638 após um ano, chegando a R$ 11.318 em dois anos e R$ 13.559 em cinco anos. Esse rendimento se deve à fórmula que considera 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR). No entanto, a poupança só muda sua forma de cálculo quando a Selic cai abaixo de 8,5%.
Para investidores que procuram alternativas mais rentáveis, o Tesouro Direto e os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são opções interessantes. Uma aplicação de R$ 10 mil no Tesouro Selic 2029 renderia R$ 10.856 após um ano, R$ 11.873 em dois anos e R$ 15.412 em cinco anos, já descontando taxas e impostos. Os CDBs, com rentabilidade de 110% do CDI, transformariam os mesmos R$ 10 mil em R$ 10.944 após um ano e em R$ 16.027 em cinco anos.
Além do Tesouro Direto e dos CDBs, as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) também são opções atraentes por serem isentas de Imposto de Renda. Com um retorno de 90% do CDI, uma aplicação de R$ 10 mil renderia R$ 10.935 em um ano, R$ 11.968 em dois anos e R$ 15.564 em cinco anos.
Antes de investir, é importante considerar a liquidez e a cobertura pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). CDB, LCI, LCA e poupança têm essa proteção, enquanto títulos públicos, como o Tesouro Selic, são considerados “livres de risco” por serem emitidos pelo governo federal.
Diante dessas opções, fica claro que, com a Selic a 10,50%, a poupança oferece menor rentabilidade em comparação com outros ativos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto.