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Onde guardar a reserva de emergência?

Diante das incertezas financeiras que permeiam a vida de muitos, a reserva de emergência emerge como uma peça-chave para garantir a estabilidade em momentos inesperados. Onde alocar esse recurso tão crucial? O InfoMoney preparou um guia abrangente que desvenda todos os mistérios sobre o assunto.

Em uma entrevista exclusiva, Rosimara Braga, renomada consultora financeira e professora de Contabilidade e Finanças do Centro Universitário Internacional Uninter, destaca a importância de direcionar a reserva de emergência para investimentos de baixíssimo risco, enfatizando a necessidade de liquidez imediata, segurança e baixa volatilidade.

A reserva de emergência, segundo Braga, é uma economia cuidadosamente acumulada ao longo do tempo, capaz de cobrir despesas mensais fixas por um período determinado. 

Essa “poupança de segurança” é acionada diante de quedas repentinas de renda ou despesas inesperadamente elevadas, fornecendo uma rede de proteção contra demissões, doenças familiares e outros imprevistos.

Ilda Spritzer, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e autora de “A bolsa no bolso: Fundamentos para investimentos em ações”, reforça a universalidade da necessidade de uma reserva de emergência. Para Spritzer, essa prática não só protege contra dívidas, mas também possibilita alocações mais atrativas em investimentos de longo prazo.

Qual é o valor ideal?

O dilema sobre o valor ideal da reserva persiste. Rosimara Braga orienta que a quantia ideal varia conforme os custos fixos mensais, sugerindo que, para um empregado CLT com um custo mensal de R$ 3 mil, a reserva deveria ser de pelo menos R$ 18 mil, equivalentes a 6 meses de despesas. Já para empresários e profissionais autônomos, a recomendação é uma reserva de 12 meses dos custos fixos essenciais.

Diante dessas orientações, fica evidente que a reserva de emergência é uma peça fundamental na engrenagem do planejamento financeiro.

Como criar uma reserva de emergência?

O ponto de partida nesse processo é a organização do orçamento, identificando pontos de estrangulamento financeiro e áreas de gastos excessivos. Essa análise minuciosa proporciona a liberação de recursos necessários para iniciar efetivamente o processo de poupança. 

Estabelecer um montante mensal para ser direcionado à reserva de emergência é fundamental, e a rapidez na adoção dessa prática é crucial – não se deve esperar que haja um excedente financeiro, correndo o risco de nunca iniciar esse hábito de poupança e investimento.

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