O programa Voa Brasil, lançado pelo governo federal após quase um ano e meio de espera, visa oferecer passagens aéreas a preços reduzidos para aposentados do INSS. Com passagens custando até R$200, a iniciativa busca beneficiar esse público específico, mas ainda enfrenta incertezas quanto ao seu funcionamento e impacto real.
Destinado a todos os aposentados do INSS que não viajaram de avião nos últimos 12 meses, o programa não considera a faixa de renda desses indivíduos. Estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas se encaixem nesses critérios e possam, portanto, aproveitar o benefício.
A primeira fase do Voa Brasil terá três milhões de passagens disponíveis, a serem distribuídas ao longo dos próximos 12 meses. Esse número pode ser ampliado dependendo da demanda e das negociações com as companhias aéreas. O programa, anunciado em março de 2023, não contará com subsídio direto do governo; em vez disso, será sustentado por acordos com as empresas aéreas para oferecer passagens ociosas—aqueles assentos não vendidos, especialmente em períodos de baixa temporada.
Uma das principais questões ainda não resolvidas é a antecedência na reserva dos bilhetes. O governo pede que as passagens sejam disponibilizadas o mais cedo possível, o que pode depender da análise do histórico de ociosidade das companhias aéreas.
Portanto, a primeira fase do Voa Brasil é um esforço para proporcionar acesso a viagens aéreas mais acessíveis para aposentados, embora ainda haja desafios a serem superados para garantir a efetividade e a ampla oferta do programa.