Parceria entre Banco do Brasil e Americanas chega ao fim, e crédito R$ 2 bilhões
A colaboração entre o Banco do Brasil e a Americanas, por meio da fintech Ame, está chegando ao fim. O contrato para a emissão de cartões de crédito com a marca da varejista será encerrado, após a interrupção das vendas no ano passado devido à crise enfrentada pela Americanas.
Originalmente programado para continuar até 2030, o contrato será rescindido, e a Americanas está agora em busca de um novo parceiro, com foco possivelmente em empresas especializadas em cartões “de loja”.
A carteira de crédito envolvida nessa parceria representa aproximadamente R$ 2 bilhões, uma parcela relativamente pequena em comparação com os R$ 54,3 bilhões concedidos pelo Banco do Brasil através desse produto até o final de março.
É importante notar que o encerramento do contrato não resultará no cancelamento dos cartões existentes. Estes continuarão sendo gerenciados pelo Banco do Brasil.
A decisão do Banco do Brasil de reduzir a emissão do cartão ocorreu em meio à crise da Americanas e reflete uma postura mais conservadora em relação à venda do produto, se comparada a outros grandes bancos.
A crise teve um impacto profundo na subsidiária Ame, que passou por significativas mudanças internas. Entre elas, a interrupção da concessão de crédito com capital próprio e ajustes na política de cashback, tornando os créditos não utilizados válidos por um período limitado.
A partir de agora, a Ame deverá operar como um shopping virtual, enquanto bancos e financeiras concederão crédito, incluindo produtos como antecipação do saque aniversário do INSS. O cartão de crédito seguirá uma lógica semelhante, mas com apenas um parceiro.
Ambas as empresas, Banco do Brasil e Americanas, optaram por não comentar sobre o assunto, citando cláusulas de confidencialidade presentes no contrato.