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PCC fatura pelo menos 1 bilhão de dólares por ano em seus esquemas

O Primeiro Comando da Capital, conhecido como PCC, maior facção criminosa do Brasil, tem expandido seus tentáculos para além das fronteiras de São Paulo. Segundo reportagem do jornal O Globo, o faturamento anual da organização é estimado em pelo menos US$1 bilhão, principalmente proveniente do tráfico internacional de drogas.

Fundado em 1993, na esteira do Massacre do Carandiru, o PCC surge como uma resposta à opressão no sistema prisional e à necessidade de evitar novos episódios de violência extrema. A facção, que conta com representantes em mais de mil localidades ao redor do mundo, estabeleceu parcerias estratégicas com grupos mafiosos internacionais, como o clã Šaric, da Sérvia, e a ‘Ndrangheta, da Itália.

O episódio do Carandiru, onde 111 presos foram mortos, é considerado um marco na história do PCC. Seu estatuto original faz referência ao massacre como justificativa para sua criação, ressaltando a necessidade de proteção e autodefesa dos detentos.

A inaptidão do Estado, especialmente do governo estadual de São Paulo, é apontada como um fator determinante para o crescimento do PCC. A negligência em lidar com questões como superlotação carcerária e más condições nos presídios, aliada à negação da existência da facção por parte das autoridades, contribuiu para o fortalecimento da organização criminosa.

Com o tráfico internacional de drogas respondendo por 80% de seu lucro, o PCC se tornou uma máfia global, operando esquemas complexos que envolvem não apenas o comércio de entorpecentes, mas também outras atividades ilícitas.

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