Balneário Camboriú, uma das cidades mais procuradas por turistas em Santa Catarina, está prestes a conquistar maior visibilidade e ganhar o apelido de “Luxemburgo brasileira”. A razão para essa transformação é a estreia do transporte público gratuito, que gerou repercussão em todo o país nas últimas semanas.
A cidade costeira, muitas vezes chamada de “Dubai” devido à sua arquitetura moderna e praias deslumbrantes, agora está prestes a adotar uma política pioneira: a tarifa zero.
Inspirada pelo exemplo de Luxemburgo, que se tornou o primeiro país do mundo a investir no transporte público gratuito, Balneário Camboriú está seguindo o mesmo caminho.
Tarifa zero para a cidade
Embora a iniciativa da tarifa zero seja vista como positiva e útil para todos os cidadãos, é importante reconhecer que essa solução pode não ser ideal para todos os países.
O vice-primeiro-ministro e ministro da Mobilidade e Obras Públicas e da Defesa de Luxemburgo, François Bausch, compartilhou suas opiniões sobre o assunto.
Em uma entrevista ao site Euronews, Bausch destacou a importância do acesso justo ao transporte público e a necessidade de conscientização global sobre essa política.
As semelhanças entre Balneário Camboriú e Luxemburgo são notáveis. Ambas são cidades relativamente pequenas, o que facilita a implementação do transporte gratuito. No entanto, as diferenças também são evidentes.
Luxemburgo x Balneário Camboriú
Enquanto Luxemburgo é conhecido por ser o país mais rico do mundo em termos de PIB per capita, Balneário Camboriú tem sua economia impulsionada principalmente pelo setor imobiliário.
Em 2023, a cidade prevê arrecadar R$ 1,7 bilhão, com grande parte desse valor proveniente da transferência de imóveis e do IPTU pago por proprietários que não residem na cidade, mas investem ou ocasionalmente utilizam suas propriedades.
O vereador Eduardo Zanatta (PT) apresentou um projeto de lei propondo a adoção permanente da tarifa zero em Balneário Camboriú.
O prefeito Fabrício Oliveira (PL) já está considerando essa medida, e a esperança é que a cidade possa seguir os passos de Luxemburgo e oferecer um transporte público acessível a todos os seus cidadãos.