O uso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para financiar a compra de imóveis pode se tornar uma opção mais onerosa para os brasileiros. Uma proposta apresentada pelo Conselho Curador do FGTS em março sugere aumentar as taxas de juros nos financiamentos imobiliários pela linha Pró-cotista. Isso pode impactar diretamente os trabalhadores que contam com esse recurso para adquirir suas residências.
A revisão em curso do FGTS, que questiona a legalidade do uso da Taxa Referencial para corrigir os valores depositados nas contas, é uma preocupação crescente no mercado imobiliário. A discussão, atualmente no STF, ganhou destaque após o presidente Lula sugerir que os valores do FGTS fossem corrigidos ao menos pela inflação. Essa possível mudança na forma de correção do saldo do FGTS tem gerado incertezas entre os investidores e participantes do mercado imobiliário.
Financiamento imobiliário com FGTS pode ficar mais caro em 2024
O objetivo por trás da proposta do Conselho Curador do FGTS é direcionar recursos para a construção de novos imóveis, mas isso pode significar um aumento nas taxas de juros para quem utiliza o FGTS como parte do financiamento.
A linha Pró-cotista, voltada para trabalhadores de classe média, já está com 70% de suas unidades utilizadas, conforme dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Com a revisão do FGTS e a possível correção dos valores, os financiamentos imobiliários que dependem desse recurso podem se tornar mais caros em 2024, o que preocupa o setor da construção civil e pode afetar a geração de empregos. Há apelos para que o governo reduza os subsídios e a oferta de crédito para a compra de imóveis usados, especialmente pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
