Petrobras jura que vai cuidar da Amazônia enquanto tira petróleo
A Petrobras, gigante do setor energético, está em busca de uma licença para explorar petróleo na Bacia da Foz do Amazonas e apresenta uma proposta inovadora que promete aliar benefícios econômicos e ambientais. A diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, defende uma abordagem que integra os Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente para combater o desmatamento e as queimadas na Amazônia.
Segundo Anjos, os recursos gerados pela exploração petrolífera poderiam financiar ações de preservação ambiental, criando um ciclo virtuoso para a economia e o meio ambiente.
Apesar do potencial, o processo de obtenção da licença enfrenta desafios. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destaca que a empresa cumpriu todos os requisitos, mas enfrenta resistência de órgãos reguladores como o Ibama, que se preocupa com os impactos ambientais na região.
A consulta à Funai e a espera por respostas ao pedido de reconsideração são alguns dos obstáculos que a estatal precisa superar.
Governo Federal concorda com os planos
O presidente Lula se mostrou positivo à nova exploração, e com a recente mudança na administração da Petrobras. “Vamos explorar”, disse o presidente, refletindo a pressão política para o avanço do projeto, que pode abrir uma nova fronteira de exploração na Margem Equatorial e gerar recursos significativos ao país.
Em contraste com os planos do governo, ambientalistas se mostram preocupados com os impactos na biodiversidade local e os riscos de aumento da produção de óleo. Ainda, a Petrobras enfrenta desafios logísticos e comerciais.
Em Sergipe, a estatal tenta novamente contratar plataformas para exploração em águas profundas, após uma licitação fracassada que coloca em xeque seus planos de crescimento a curto prazo.
Gás natural em pauta
Com outros planos em andamento, a Petrobras busca aumentar a oferta de gás natural, que é essencial para o mercado nacional, enquanto enfrenta desafios tributários e comerciais.
A controvérsia sobre a classificação do gasoduto Subida da Serra e a ação civil pública contra a reconstrução do parque termelétrico de Candiota são alguns exemplos das complexidades regulatórias que a empresa enfrenta.