Petrobras vai investir 40 milhões de dólares na Bolívia para produzir gás natural
A Petrobras anunciou um novo plano de investir na perfuração de um novo poço de gás natural em San Telmo Norte, na Bolívia, visando atender a demanda da indústria brasileira, que possui grande crescimento, especialmente no setor de fertilizantes. A presidente da Petrobras, Magda Chambriad, revelou que a companhia está pronta para investir cerca de US$ 40 milhões neste projeto.
O anúncio foi feito durante o Fórum Empresarial Bolívia-Brasil,, em Santa Cruz de La Sierra. O empreendimento, que aguarda a aprovação dos órgãos ambientais, pretende explorar as reservas de gás natural na área de San Telmo Norte, estimadas em 76 bilhões de metros cúbicos.
O volume significativo é crucial para o mercado interno boliviano e para as necessidades energéticas do Brasil. Chambriard destacou que a produção da Petrobras na Bolívia, anteriormente de 9 milhões de metros cúbicos diários, deve aumentar para 30 milhões de metros cúbicos por dia.
Desse modo, a presidente da Petrobrás argumenta que o aumento dos níveis de produção é essencial para fornecer gás a preços acessíveis para fertilizantes e petroquímica no Brasil.
Qual é a importância do gás natural?
É essencial para a indústria brasileira, particularmente no setor agrícola, que depende de fertilizantes. A expansão da produção boliviana será crucial para garantir um fornecimento estável e a preços competitivos, essencial para a retomada da produção de fertilizantes no Brasil.
Além disso, apesar dos desafios como as provações ambientais e a queda na produção boliviana nos últimos anos, a parceria energética entre Brasil e Bolívia permanece sólida. Vale ressaltar que a Petrobrás na Bolívia opera em sete áreas no país andino, sendo responsável por cerca de 25% da produção total de gás.
Outros investimentos na Bolívia
Empresas brasileiras como a Fluxus, subsidiária do grupo J&F, também estão expandindo suas operações na Bolívia. A empresa anunciou um investimento de US$ 100 milhões até 2028 para aumentar a produção em campos recém-adquiridos.
“Acreditamos no mercado boliviano e estamos prontos para investir para garantir um futuro energético sustentável”, concluiu Chambriard.