Por que o preço das passagens aéreas subiu?
Entre janeiro e setembro de 2023, os brasileiros enfrentaram um desafio adicional ao planejar suas viagens, com um aumento médio de 14% nas tarifas aéreas em comparação com o mesmo período de 2019.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aponta para um fenômeno global como o principal responsável por essa tendência ascendente nos preços das passagens.
A aviação mundial, em meio à maior crise de sua história, busca recuperar-se dos impactos devastadores causados pela pandemia, conforme destacado em comunicado da Abear. Detalhes sobre esse cenário desafiador são apresentados a seguir.
Aumento do preço das passagens aéreas
A surpreendente elevação nas tarifas aéreas brasileiras nos últimos meses, segundo a Abear, está intrinsecamente ligada a fatores externos.
O setor da aviação é particularmente sensível a variações cambiais e aos custos dos combustíveis, como evidenciado pelo notável aumento de 86% no preço do querosene de aviação durante o mesmo período.
Média de preços no Brasil
De janeiro a setembro de 2023, os preços médios das passagens aéreas atingiram a marca de R$ 602,74, representando uma queda de 8% em relação ao mesmo período de 2022. Entretanto, quando comparado com 2019, observa-se um aumento de 13,7%.
Em meio aos desafios enfrentados pelas companhias aéreas e à volatilidade do mercado, há expectativas de melhoria em breve.
O governo federal, ciente do impacto nos bolsos dos brasileiros, tem instado as companhias aéreas a tomarem medidas para reduzir os preços das passagens.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que as companhias lançarão um pacote de descontos nos voos domésticos em 20 de dezembro.
Preços internacionais
Um estudo da Cirium, especializada em análises de aviação, citado pela Abear, revela que os preços médios dos bilhetes aéreos para trajetos populares em todo o mundo aumentaram 27,4% desde o início de 2022.
Notavelmente, o mercado brasileiro apresenta desempenho superior ao norte-americano no setor aéreo.
Enquanto nos Estados Unidos a tarifa aérea média do segundo trimestre de 2023 foi 10% maior em comparação com o mesmo período de 2019, no Brasil, o valor médio dos bilhetes caiu 1,2%, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).