Primeira mulher a atingir 100 bi de dólares ganha dinheiro vendendo tinta para cabelo
Em um grupo exclusivo de homens bilionários da Forbes, um marco histórico foi alcançado. Françoise Bettencourt Meyers, vice-presidente do conselho da gigante francesa de cosméticos L’Oréal, tornou-se a primeira mulher a acumular um patrimônio líquido de US$ 100,1 bilhões (R$ 528,8 bilhões), segundo cálculos da Forbes. A executiva agora faz parte desse grupo seleto de indivíduos.
O marco alcançado não é linear. Bettencourt Meyers traçou uma jornada, com oscilações nas ações do Grupo L’Oréal. Mesmo assim, na última quarta-feira (4), uma alta de 0,8% nas ações da empresa, impulsionou o seu crescimento, segundo o ranking de bilionários em tempo real da Forbes.
Trajetória de Bettencourt Meyers
A mais nova bilionária do grupo, está desde 1997 no conselho da L’Oréal, e tem a maior parte de sua fortuna atrelada à participação de quase 35% na empresa, que ela divide com o marido e dois filhos.
Em abril, as ações da L’Oréal tiveram um aumento significativo, após a empresa superar as expectativas de venda do primeiro trimestre.
O Grupo L’Oréal, que conta com mais de 30 marcas, incluindo Maybelline e Lancôme, registrou receitas de US$ 44 bilhões (R$ 232,4 bilhões) no último ano.
Esse sucesso pode ser parcialmente atribuído a aquisições estratégicas, como a compra da marca australiana Aesop em 2023, valorizada em US$ 2,5 bilhões (R$ 13,2 bilhões), reforçando a categoria de luxo do grupo, que inclui nomes como Prada Beauty e Yves Saint Laurent.
Fortuna vem de herança
Neta do fundador da L’Oréal, Eugène Schueller, inventor da tinta de cabelo segura, Françoise Bettencourt Meyers apareceu pela primeira vez no ranking dos mais ricos do mundo da Forbes em 2018, após a morte de sua mãe, Liliane Bettencourt, então principal acionista da empresa, em 2017. Desde então, a fortuna de Bettencourt Meyers cresceu impressionantes US$ 58 bilhões (R$ 306 bilhões).
Apesar de seu novo status e de ser a mulher mais rica do mundo há quatro anos, Bettencourt Meyers mantém um perfil discreto.
Evitando os holofotes, ela prefere dedicar seu tempo a escrever e tocar piano em sua residência em Paris, permanecendo uma figura reservada em contraste com o brilho da sua vasta riqueza.