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Quais os efeitos do mercado chinês de carros elétricos no Brasil?

O setor automotivo brasileiro está passando por transformações significativas devido à crescente presença de veículos elétricos e híbridos chineses. Em 2024, as importações de veículos leves cresceram 37,3% em relação ao ano anterior, com a China se consolidando como o maior fornecedor, detendo 43,9% do total importado pelo Brasil. Esse cenário impacta diretamente a produção nacional, que enfrenta forte concorrência dos eletrificados no mercado doméstico.

As vendas de veículos eletrificados no Brasil aumentaram impressionantes 113,1% até setembro, representando 7,1% do total de vendas, um aumento significativo em comparação ao ano passado. Essa dinâmica se intensificou mesmo com a nova taxação de veículos importados, que varia de 10% a 25%. O aumento da renda das classes altas e as boas condições de crédito também contribuíram para essa demanda crescente por carros tecnológicos.

Entretanto, o cenário não é favorável para as exportações brasileiras. Nos primeiros nove meses de 2024, as exportações de veículos leves caíram 12,2%. Países como México, Chile e Colômbia, tradicionais importadores, apresentaram quedas acentuadas, refletindo a maior competição com os automóveis chineses.

O Brasil se destaca como um potencial modelo para o Sul Global, combinando tecnologias de propulsão com biocombustíveis. Especialistas acreditam que, ao avançar na eletrificação e na produção nacional de veículos híbridos, o Brasil pode reduzir suas emissões de CO2 em até 13% até 2040. No entanto, a pressão do mercado chinês continuará a influenciar as estratégias das montadoras brasileiras nos próximos anos, exigindo adaptações rápidas e inovadoras.

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