Quais setores serão mais afetados com o fim da escala de trabalho 6×1?
A proposta de redução da jornada semanal de 44 para 36 horas e o fim da escala 6×1 prometem mudanças significativas para diversos setores da economia. Se aprovada, a medida impactará especialmente o comércio e serviços, onde a necessidade de mão de obra constante, incluindo finais de semana, é essencial. A ideia, que prevê quatro dias de trabalho e três de folga, exigirá reestruturação para manter a operação ativa.
Para entrar em vigor, a proposta de emenda à Constituição, apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL), precisa de apoio qualificado no Congresso e revisão de artigos da CLT. Segundo advogados, uma regulamentação detalhada será fundamental para garantir segurança jurídica, evitando incertezas para empregadores e trabalhadores.
Além do comércio e serviços, setores de hotelaria e alimentação podem sentir o impacto ainda mais intensamente. Estes, que geralmente adotam a escala 6×1 para cobrir horários variados, terão de ajustar turnos e até contratar novos funcionários, o que pode elevar os custos operacionais.
O novo regime 4×3, no entanto, traz vantagens para os trabalhadores, como mais tempo para descanso, o que pode melhorar a produtividade e diminuir o absenteísmo. Com três dias de folga, os trabalhadores podem ter uma melhor qualidade de vida e reduzir o estresse.
Por outro lado, especialistas alertam para possíveis desvantagens, como o aumento de contratações informais e o impacto negativo nos salários dos trabalhadores que recebem por hora. Além disso, os custos operacionais mais altos podem refletir no preço dos produtos e serviços, pressionando pequenas empresas.
A implementação gradual e negociações sindicais são sugeridas para minimizar efeitos negativos e adaptar as mudanças ao mercado de trabalho, garantindo que o novo modelo atenda tanto trabalhadores quanto empresas.