Queda de vendas pode levar a dona do Outback a deixar o Brasil
A Bloomin’ Brands, controladora do renomado restaurante Outback Steakhouse, está considerando uma mudança significativa em suas operações no Brasil. A empresa está avaliando a possibilidade de vender o controle das unidades brasileiras, em meio a um cenário de queda nas vendas e prejuízo registrado no primeiro trimestre de 2024.
Apesar das especulações, a Bloomin’ Brands assegura que as lojas do Outback no Brasil não serão fechadas. Pelo contrário, a operação brasileira é crucial para a empresa, sendo a segunda mais importante do mundo, responsável por 87% do faturamento internacional.
Atualmente, a Bloomin’ Brands opera 159 restaurantes do Outback no Brasil, além de unidades das redes Abbraccio e Aussie Grill. No entanto, os números apresentados pela empresa revelam uma realidade desafiadora: queda de 4% na receita global e um prejuízo de US$ 83,9 milhões no primeiro trimestre de 2024.
A empresa atribui parte dessa situação ao fim da isenção do imposto sobre valor agregado no Brasil, sem fornecer detalhes específicos sobre quais isenções foram afetadas. Diante desse contexto, a venda do controle das operações brasileiras surge como uma possível estratégia para trazer alívio financeiro à Bloomin’ Brands.
Embora ainda não haja uma decisão final, se a venda se concretizar, outras empresas ou fundos precisarão demonstrar interesse em adquirir o negócio, desencadeando um processo de diligência e transição.
Esse movimento não é único no setor de restaurantes no Brasil. Recentemente, a Starbucks passou por um processo semelhante, com a possibilidade de sua controladora no país, a SouthRock, ser adquirida pela ZAMP, dona do Burger King e do Popeyes.
Diante desses desdobramentos, o futuro das operações do Outback no Brasil permanece incerto, enquanto a Bloomin’ Brands explora alternativas para garantir a sustentabilidade de seus negócios no país.