Os brasileiros que sonham em viajar em 2024 podem ter uma boa notícia: há expectativas de que os preços das passagens aéreas, que dispararam 47,24% nos últimos 12 meses, possam finalmente dar uma trégua.
A escalada nos custos, resultado de uma combinação de fatores como a redução da oferta de aviões, o aumento nos preços do petróleo, o fechamento de agências de viagens e as adversidades enfrentadas pelo setor, tem sido um obstáculo para os viajantes nos últimos tempos.
O ano de 2023 foi marcado pela alta demanda de passageiros, mas a falta de aviões disponíveis para atender a essa crescente procura pressionou ainda mais os preços das passagens.
Além disso, a entrega atrasada de aeronaves pelas fabricantes contribuiu para essa situação desafiadora. O querosene de aviação, principal custo operacional das companhias aéreas, também viu seu preço aumentar, impactando diretamente nos valores das tarifas.
A saída de algumas empresas do mercado, como a Hurb e a 123milhas, devido a problemas financeiros, teve um efeito menor, mas não deixou de influenciar os preços das passagens. No entanto, a esperança reside no horizonte de 2024, com previsões de maior estabilidade à medida que as empresas se recuperem e os custos diminuam.
O governo federal tenta amenizar a situação com o programa “Voa Brasil”, que promete oferecer passagens aéreas mais acessíveis. A partir da segunda quinzena de fevereiro, pensionistas, aposentados federais sem viagens nos últimos 12 meses e alunos do ProUni poderão adquirir passagens por R$200.
Apesar das iniciativas governamentais, há desafios pela frente, como a competição restrita das companhias aéreas e a demora na transição dos preços dos combustíveis para os consumidores.
Economistas, no entanto, acreditam que o programa “Voa Brasil” será benéfico para o setor aéreo, contribuindo para a sua recuperação pós-pandemia. Resta aos viajantes aguardarem com expectativa a possível queda nos preços das passagens aéreas, tornando os destinos desejados mais acessíveis no próximo ano.