A riqueza da família real britânica segue em crescente aumento. Após um período marcado por doenças e lesões, os lucros da Crown Estate, que administra as propriedades e imóveis da família real, atingiram £ 1,1 bilhão (R$ 8 bilhões) em comparação aos £ 442,6 milhões (R$ 3,2 bilhões) do ano anterior. O aumento se deve ao arrendamento de áreas em alto-mar para produtores de energia eólica offshore, elevando o subsídio soberano que a família real recebe do governo.
Dessa forma, em 2025-26, o subsídio será de £ 132 milhões (R$ 961 milhões), em contraste com os £ 86,3 milhões (R$ 628,3 milhões) dos anos anteriores, segundo o The New York Times.
Desde 2012, o pagamento anual fixo à realeza foi substituído pelo subsídio soberano, que calcula uma porcentagem dos lucros da Crown Estate. Atendendo a pedidos do Rei Charles III, que sugeriu que os lucros adicionais da energia eólica fossem destinados ao “bem público”. Assim, o governo decidiu reduzir o subsídio de 25% para 12% dos lucros líquidos.
Além disso, se a taxa tivesse permanecido em 25%, o rei teria recebido £ 275 milhões em vez de £ 132 milhões, um valor que poderia ter impactado negativamente a popularidade da família real. Dan Labbad, CEO da Crown Estate, afirmou que o aumento do lucro é de “curto prazo por natureza”, e as receitas devem ser normalizadas nos próximos anos.
Custos e atrasos para a família real
A pandemia de Covid-19 causou atrasos e custos adicionais em projetos de reforma no Palácio de Buckingham, segundo o relatório, o retorno das visitas ao Palácio de Buckingham e ao Castelo de Windsor tiveram um aumento na renda real para £ 19,8 milhões, porém durante a pandemia, não houve visitas, afetando o faturamento.
Ainda, a saúde da família real também causou um impacto nas contas da realeza. Com o diagnóstico de câncer do Rei Charles e Kate Middleton, houve uma redução de compromissos públicos. As atividades do rei só foram retomadas em abril.
Para manter o controle financeiro, o Palácio de Buckingham visa aumentar a diversidade entre seus funcionários, com 11,4% de minorias étnicas atualmente, abaixo da meta de 14% até 2025.
Por fim, com quase dois anos à frente da monarquia, o Rei Charles III obteve um aumento salarial esperado de US$ 58 milhões (R$ 327 milhões) devido ao crescimento dos lucros da Crown Estate.