O Brasil alcançou um marco histórico nas exportações globais de milho, superando os Estados Unidos como o maior exportador mundial do grão. Após mais de meio século de domínio americano, o país sul-americano responde agora por quase um terço do mercado internacional, enquanto os EUA ficam com cerca de 23%. Esse feito marca uma mudança significativa no cenário agrícola global.
A liderança brasileira é atribuída a diversos fatores estratégicos. Investimentos em infraestrutura portuária e logística melhoraram a eficiência do escoamento da produção. Além disso, o clima favorável permite duas colheitas anuais de milho, aumentando a produtividade e a competitividade no mercado internacional.
Enquanto isso, os EUA enfrentam desafios como custos crescentes de produção, escassez de terras agrícolas e impactos duradouros da guerra comercial com a China. Esses elementos têm afetado negativamente suas exportações agrícolas, incluindo milho e soja, onde o Brasil também lidera.
A relação estratégica do Brasil com a China também desempenha um papel crucial. Com um acordo de fornecimento de grãos assinado, o Brasil tornou-se o principal parceiro de exportação de milho para a potência asiática, reduzindo sua dependência dos EUA.
Analistas indicam que, diante das atuais condições econômicas e políticas, é improvável que os EUA recuperem a liderança no curto prazo. A continuidade dessa tendência posiciona o Brasil não apenas como o “rei do milho”, mas também como um dos principais protagonistas no mercado global de grãos, garantindo uma posição de destaque e significativas receitas anuais para a economia nacional.