Rodrigo Scarpa, conhecido como o repórter Vesgo do extinto programa “Pânico na Band”, transformou completamente sua vida após o fim do humorístico na TV aberta. Em entrevista ao podcast de Rafinha Bastos, Scarpa revelou estar muito feliz com sua vida de anônimo nos Estados Unidos, onde se dedicou a estudar e atuar no mercado financeiro.
Para fazer a transição de carreira, Scarpa contou com o apoio do empresário Alexandre Chamas. “Eu falei: ‘Pô, preciso ganhar em dólar, se não eu vou falir’. Comprei um motorhome, umas casinhas de aluguel, pra ter o dinheiro do aluguel e ele [Alexandre] me ensinou sobre o mercado. Ele me deu uns livros, me colocou pra estudar algumas pessoas, fiz vários cursos e, cara, hoje a minha rotina é acordar às 9h e ver todos os gráficos, as notícias, a bolsa de valores, a CNBC, que é o canal de investimentos aqui dos Estados Unidos”, relatou.
O ex-repórter também compartilhou sua experiência ao chegar aos Estados Unidos. Ele destacou os desafios e burocracias enfrentados pelos estrangeiros. “Aos poucos percebo que as coisas não são tão fáceis assim. Precisa passar por processo imigratório, com concorrência absurda, um processo longo para receber o Green Card. Precisei mostrar minha história, prêmios de imprensa. Entrei com o visto de habilidades especiais”, explicou. Em entrevista ao programa “Pânico” da Jovem Pan, Scarpa falou mais sobre sua nova vida. “Quando eu saí daqui em 2017, quando o Pânico acabou, eu falei para o Emílio que comprei uma casa lá (nos Estados Unidos). Comecei a fazer algumas coisas, trabalhar como locutor, foi o primeiro emprego porque tem que se virar e para levantar uma grana em dólar. Teve um amigo meu que me apresentou o mercado financeiro e desde então eu faço análise gráfica, às 8h30 tem o pré-mercado que a gente olha”, detalhou.
No podcast Inteligência LTDA, Vesgo explicou como opera no mercado financeiro. “Trabalho geralmente com três gráficos na tela para atuar como trade. Compro e vendo ações para ganhar dinheiro, comprando na baixa e vendendo na alta. Para viver de ações, o ideal é ter outra fonte de renda também”, afirmou.
Scarpa enfatizou a importância do gerenciamento de risco em suas operações. “Eu sou especulador, você tem que saber o gerenciamento de risco. Se você tem 70% de taxa de acerto, em 70% vai ganhar bem. O iniciante perde muito. Eu tenho 5 anos já, pode dizer que é uma faculdade. Eu foquei nisso porque precisava ganhar em dólar estando nos Estados Unidos”, concluiu.
