O Governo Federal anunciou uma medida provisória que promete aliviar o bolso dos trabalhadores brasileiros. A partir deste ano, o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) será isento para aqueles que recebem até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.824. Essa mudança visa beneficiar diretamente os contribuintes de renda mais baixa, tornando a carga tributária mais justa e progressiva.
A nova faixa de isenção abrange não apenas os assalariados que recebem até esse limite, mas também aqueles que contribuem mensalmente. Com isso, a expectativa é de que cerca de 15,8 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela isenção do imposto.
Simulações do Imposto de Renda
Para fornecer uma visão clara dos impactos dessa alteração, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) realizou simulações com diferentes faixas de renda. Os resultados mostram uma redução significativa nos valores recolhidos mensalmente, como exemplificado abaixo:
- Para uma renda mensal de R$ 3 mil, a contribuição atual de R$ 27 cairá para apenas R$ 13,20, resultando em uma economia de R$ 13,80 por mês.
- Já para aqueles que recebem R$ 15 mil, a economia mensal será de R$ 11,04, com a contribuição reduzida de R$ 2.710,41 para R$ 2.699,37.
Essa mudança na tabela do Imposto de Renda também representa um impacto nos cofres públicos. O governo estima uma redução de receitas considerável nos próximos anos: R$ 3,03 bilhões em 2024, R$ 3,53 bilhões em 2025 e R$ 3,77 bilhões em 2026.
Nova tabela do Imposto de Renda
A nova tabela de tributação traz uma estrutura mais progressiva, aliviando a carga para os contribuintes de renda mais baixa e mantendo a progressividade para os de renda mais alta. Confira como ficará a tabela a partir deste ano:
- Até R$ 2.259,20: Isento
- Até R$ 2.824 (abatimento extra de até R$ 564,80): Isento
- Entre R$ 2.824 até R$ 3.571,05: 7,5%
- Entre R$ 3.571,05 e R$ 4.664,68: 15%
- Acima de R$ 4.664,68: 22,5% até 27,5%
Com essa medida, o governo busca não apenas promover uma distribuição mais equitativa da carga tributária, mas também estimular a economia ao colocar mais dinheiro no bolso dos contribuintes de renda mais baixa.