Trabalhadores aguardam decisão do STF sobre possível revisão do FGTS que poderia dobrar os valores dos lucros nas contas, mas adiamento da votação indica preocupações com impacto financeiro. Com depósitos correspondentes a 8% do salário bruto, tornou-se uma âncora para a estabilidade financeira dos brasileiros, permitindo a aquisição da casa própria, suporte em casos de demissão sem justa causa, tratamento médico e preparação para a aposentadoria.
O STF está debatendo sobre essa questão, adiando a votação para considerar os impactos dessa mudança. A proposta em pauta visa alterar a taxa de correção do FGTS, substituindo-a por um índice mais vantajoso, como a remuneração da poupança, que atualmente rende pouco mais de 6% ao ano, em contraste com os 3% + Taxa Referencial (TR) do FGTS.
Apesar do potencial benefício para os trabalhadores, há preocupações quanto aos custos associados a essa revisão. A correção dos valores atrasados pode gerar um impacto de aproximadamente 660 bilhões de reais ao Tesouro, segundo cálculos da Advocacia-Geral da União. Além disso, o Ministério da Fazenda estima um impacto de quase R$9 bilhões nos próximos 4 anos após a troca da taxa.
Assim, enquanto a expectativa de uma possível mudança dos valores do FGTS gera entusiasmo entre os trabalhadores, o debate sobre os reais efeitos dessa revisão se mantém em destaque, trazendo consigo a necessidade de considerar cuidadosamente os impactos econômicos dessa potencial mudança.