Substância mais rápida que a velocidade da luz pode ser a chave para viagens intergaláticas
Uma partícula hipotética conhecida como táquion, teorizada por ser mais rápida que a luz, está sendo considerada por alguns cientistas como uma possível explicação para a expansão do universo e a natureza da matéria escura. De acordo com um estudo recente, esse modelo, ainda que não confirmado, poderia proporcionar novas perspectivas sobre o cosmos.
O conceito de táquion surgiu em 1967, apresentado como uma partícula que se moveria mais rápido que a velocidade da luz, que é aproximadamente 299.792,458 km/s, conforme estipulado pela Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein. Embora a existência de táquions seja improvável dentro das leis físicas atuais, a ideia continua a inspirar modelos teóricos alternativos.
Um dos principais desafios para a aceitação dos táquions é que eles violam a Relatividade Geral, a teoria que atualmente oferece a melhor explicação para a natureza do universo. No entanto, alguns cálculos teóricos sugerem que, se existissem, essas partículas poderiam compor a matéria escura e estar envolvidas na energia escura que impulsiona a expansão do universo.
O estudo recente propõe que um universo em expansão, cheio de táquions, poderia inicialmente desacelerar sua expansão antes de acelerar novamente. Os pesquisadores aplicaram esse novo modelo a observações de supernovas do Tipo Ia, explosões estelares usadas para medir a velocidade da expansão do universo. Os resultados mostraram que o modelo com táquions é tão consistente com os dados observacionais quanto o modelo cosmológico padrão.
Ainda que os táquions sejam apenas uma hipótese, a pesquisa sugere que investigar essas partículas pode oferecer novas formas de entender o universo. Estudos adicionais serão necessários para validar ou refutar essa teoria, mas as pesquisas podem revelar outras surpresas que ajudem a desvendar os mistérios do universo escuro.