Há um ano, as Lojas Americanas protagonizaram o maior escândalo administrativo da história corporativa do Brasil ao revelar um rombo de aproximadamente R$40 bilhões. Um ano após essa revelação, a situação da gigante do varejo é ainda mais alarmante. O fechamento de mais de 100 lojas nos últimos meses é apenas a ponta do iceberg.
Atualmente, das 1.880 lojas que compunham o cenário no início de 2023, restam apenas 1.754, o que equivale ao fechamento de 126 pontos de venda em apenas um ano. Essa drástica redução é acompanhada por uma demissão em massa, resultando em um corte de um quarto do quadro de funcionários, indo de 43.123 para 32.486 colaboradores.
A posição da Americanas no ranking de preferência dos consumidores também despenca, saindo do segundo lugar e aterrissando no quinto. A confiança do consumidor no site da varejista, outrora robusta, desvanece, impactando diretamente nas vendas.
Os números financeiros de 2023 permanecem obscuros, pois a empresa ainda não divulgou seus resultados trimestrais do ano passado. Contudo, com base em dados ajustados de 2022, a Americanas encerrou o ano passado com um prejuízo alarmante de quase R$13 bilhões.
A estratégia de reformulação adotada pela Americanas busca agora focar em produtos de conveniência, como lanches, itens de limpeza e brinquedos, abandonando categorias de maior valor agregado que serão ofertadas por varejistas parceiros em seu marketplace.
Especialistas no assunto expressam ceticismo em relação à recuperação da varejista, prevendo uma trajetória descendente. O mercado reage, e o valor de mercado da Americanas despenca em quase R$11 bilhões, atingindo a marca de R$785 milhões.