Tesla irá demitir mais de 10% de seus funcionários e demonstra desaceleração
Nesta segunda-feira (15), a Tesla enviou um memorando interno que revela os planos de cortar mais de 10% da força de trabalho global. Essa medida vem de encontro com a queda nas vendas, em uma competição acirrada no mercado de veículos elétricos. Visto pela Reuters, a maior montadora do mundo em valor de mercado, contava com 140.473 funcionários em dezembro de 2023, conforme o último relatório anual.
Entretanto, as vagas que serão cortadas não foram reveladas. Porém, segundo informações, alguns funcionários já foram notificados quanto as demissões, mas não preferiram se identificar.
O que diz o presidente?
Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, justificou a medida como parte dos esforços para preparar a empresa para sua próxima fase de crescimento. “É extremamente importante analisar todos os aspectos da empresa para reduzir custos e aumentar a produtividade”, afirmou Musk no memorando.
Os cortes planejados ocorrem após a divulgação de que as entregas globais de veículos da Tesla no primeiro trimestre deste ano tiveram uma queda, pela primeira vez em quase quatro anos. Mesmo com reduções de preços, a demanda não foi estimulada como esperado.
Com a desaceleração das vendas em 2024, a fabricante de veículos elétricos enfrenta desafios adicionais, incluindo a falta de atualizações em modelos antigos e a concorrência com rivais que estão lançando opções mais acessíveis, especialmente no mercado chinês.
Sobre a empresa
A Tesla, que divulgará seu balanço trimestral em 23 de abril, está em busca de reforçar suas margens de lucro, que foram afetadas pelos cortes de preços recorrentes. No quarto trimestre, a empresa registrou uma margem de lucro bruto de 17,6%, a menor em mais de quatro anos.
As ações da Tesla apresentavam uma queda de 0,3% nas negociações de pré-abertura nesta segunda-feira, refletindo a reação do mercado às notícias sobre as demissões e os desafios enfrentados pela empresa no cenário atual.