Cidades turísticas do RS estimam prejuízo de R$ 350 milhões
Gramado, uma das joias turísticas da serra do Rio Grande do Sul, está enfrentando um duro revés que a mantém fechada aos turistas. Com o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, fora de operação devido às fortes chuvas e deslizamentos, o acesso à cidade ficou significativamente dificultado. Essa interrupção não apenas afeta os planos de viagem dos visitantes, mas também tem um impacto devastador na economia local.
Segundo estimativas do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares da Região das Hortênsias, o prejuízo pode chegar a até R$350 milhões no setor turístico. Com a temporada de temperaturas mais baixas, que geralmente atrai uma grande quantidade de turistas, em andamento, o impacto é ainda mais agudo. Maio e junho são considerados meses de média temporada, com julho marcando o pico de visitação.
A mobilidade na região também está comprometida, com diversos trechos de estradas bloqueados, parcial ou totalmente, devido aos deslizamentos recentes. Embora o Aeroporto de Caxias do Sul seja uma alternativa mais próxima, o percurso até Gramado está prejudicado, exacerbando a crise.
Mais do que números, há vidas e meios de subsistência em jogo. Mais de 200 hotéis, além de 300 restaurantes, empregam cerca de 50 mil pessoas na região de Gramado e Canela. A falta de turismo não apenas coloca em risco esses empregos, mas também compromete a economia local como um todo.
Enquanto a Fraport, administradora do Aeroporto Salgado Filho, trabalha para restabelecer as operações, não há previsão de retomada. A Base Aérea de Canoas poderia ser uma alternativa, mas o plano de operações de voos comerciais ainda não está definido, deixando o futuro incerto para a cidade e seus habitantes.
Neste momento desafiador, a urgência de uma resposta do governo federal se faz necessária. Enquanto empresários e trabalhadores lutam para encontrar soluções, a incerteza paira sobre o destino de uma das mais belas cidades do Brasil.