A Petrobras lançou um alerta preocupante para o futuro da produção de petróleo no Brasil. Segundo a empresa, o país está prestes a perder sua posição de exportador e voltar a importar petróleo já a partir de 2034. O declínio na produção, que já começou, é visto como um processo inevitável, com expectativa de que os poços existentes e os em desenvolvimento não produzam mais nada por volta de 2050.
Diante desse cenário, a Petrobras intensificou seus esforços de lobby junto ao governo, Congresso, e governos estaduais da Amazônia. A empresa pressiona especialmente o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama para agilizar a liberação de licenças de pesquisa e exploração na chamada Margem Equatorial, entre o Rio Grande do Norte e o Amapá.
A estratégia inclui um investimento significativo de três bilhões de dólares para abrir 16 novos poços exploratórios nessa região. Até o momento, apenas dois poços foram efetivamente perfurados, com possíveis descobertas limitadas na área do Rio Grande do Norte.
A aposta da Petrobras se baseia no sucesso da exploração petrolífera na Guiana, onde já se produzem 650 mil barris por dia, com planos de dobrar essa produção a partir de 2027. A companhia acredita que um potencial semelhante pode ser encontrado no lado brasileiro da Margem Equatorial.
Enquanto pressiona por novas fronteiras de exploração, a Petrobras também avança discretamente em alternativas energéticas. A empresa solicitou licenças para quase uma centena de fazendas de energia eólica marítima, sugerindo uma transição gradual diante da iminente exaustão do potencial petrolífero no pré-sal brasileiro.