Vale a pena investir em CDBs e LCs mesmo com as taxas do Tesouro Direto em disparada?
As taxas do Tesouro Direto subiram acentuadamente após o aumento da taxa básica de juros, alcançando um recorde de 12 meses nesta semana. Apesar de uma leve queda devido à greve de servidores e à desaceleração do IPCA-15, o título de inflação com vencimento em 2029 ainda oferece juros reais de 6,47%. Com isso, muitos investidores questionam se CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e LCs (Letra de Crédito Imobiliário e do Agronegócio) continuam sendo boas opções.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, aponta que esses produtos ainda são atrativos, especialmente os CDBs pós-fixados, que seguem a variação do CDI. Com o ciclo de alta da Selic, eles oferecem flexibilidade, já que a rentabilidade cresce com o aumento dos juros. A mesma recomendação vale para as LCs, segundo Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest.
Os prefixados, por outro lado, são indicados apenas quando há expectativa de queda da Selic, o que não é o cenário atual. A expectativa de nova alta dos juros em novembro torna os pós-fixados a escolha mais segura.
Para quem busca boas taxas, bancos médios e pequenos são a melhor aposta, oferecendo CDBs com rendimento superior a 110% do CDI e LCs com prêmios atrativos. Apesar de as LCs serem isentas de imposto de renda, os CDBs costumam ter melhor rentabilidade.
Ambos os produtos contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, proporcionando maior segurança ao investidor.