A descoberta de uma gigantesca jazida de petróleo com mais de 11 bilhões de barris coloca a Guiana no centro das atenções globais. A pequena nação sul-americana, com pouco mais de 800 mil habitantes, encontrou as reservas em 2015, graças à ExxonMobil. Desde então, o país vem crescendo de forma acelerada e já ameaça desbancar o Brasil no setor petrolífero.
Comparada ao Brasil, que atualmente lidera a produção de petróleo na América do Sul com cerca de 3 milhões de barris por dia, a Guiana mostra potencial para se tornar uma superpotência. Estima-se que até 2030, o país consiga produzir 1 milhão de barris por dia, o que pode alterar a dinâmica do mercado na região.
A economia guianense, antes modesta, deve multiplicar sua renda nacional bruta de 4,62 bilhões de euros em 2019 para 29,3 bilhões de euros em 2029, segundo o FMI. O crescimento econômico está diretamente ligado à exploração das novas reservas de petróleo.
Entretanto, o rápido desenvolvimento trouxe desafios. O país enfrenta uma escassez de mão de obra qualificada para lidar com o crescimento repentino. Em resposta, o governo da Guiana criou um programa de remigração para atrair cidadãos que emigraram no passado, com apoio financeiro e logístico para ajudá-los a retornar.
Enquanto isso, o Brasil, através da Petrobras, segue como líder na produção de petróleo. No entanto, a nova realidade coloca a Guiana como um concorrente promissor no mercado internacional, capaz de transformar o equilíbrio de poder no continente sul-americano.