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Itaú pode cancelar 60 milhões de cartões por este motivo

Durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre deste ano, o CEO do Itaú revelou uma possível medida drástica: o cancelamento de 60 milhões de cartões no Brasil. Isso surge como uma resposta à decisão do governo federal de estabelecer um limite para os juros do rotativo do cartão de crédito, atualmente em 441,1%. A nova legislação impõe aos bancos um prazo de 90 dias para determinar esse teto; caso não o façam, o limite automático será de 100% do valor da dívida total. Esta medida, segundo as instituições financeiras, poderia ter impactos negativos significativos na economia do país.

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, prevê que a imposição desse limite ao rotativo obrigará os bancos a cessar esse serviço, resultando no cancelamento de 60 milhões de cartões em todo o país. Essa não seria apenas uma ação do Itaú, mas uma medida adotada por várias empresas do setor. Ele ressalta que isso teria um efeito profundo, levando à exclusão de centenas de milhares de pessoas do mercado, diminuindo assim seu poder de compra e afetando a economia em até R$350 bilhões.

Além disso, o CEO do Itaú alertou para outra questão importante relacionada aos cartões de crédito: o parcelamento sem juros. Embora seja vital para a economia brasileira, Maluhy destaca que esse sistema contribui para a inadimplência, especialmente entre aqueles com menos conhecimento financeiro. Muitas pessoas comprometem-se com várias compras parceladas sem juros e, posteriormente, enfrentam dificuldades para pagar a fatura total do cartão, o que acaba resultando em endividamento e inadimplência.

Essa conjuntura coloca o setor bancário em um momento de adaptação e reavaliação de estratégias, diante das mudanças regulatórias que impactam diretamente o relacionamento com os clientes e o funcionamento dos serviços financeiros oferecidos.

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