Números divulgados pela Serasa apontam que o valor médio das dívidas dos brasileiros ultrapassou, pela primeira vez, a marca de um salário mínimo. Em setembro, essa cifra atingiu R$1.355,92, superando o piso nacional estabelecido em R$1.320.
Esses dados refletem não apenas a um montante considerável, mas também indicam uma carga financeira individual preocupante. Em média, cada pessoa acumula uma dívida na ordem de R$5.107,23.
Em uma análise mais abrangente. O total das dívidas dos brasileiros alcançou a impressionante marca de R$366,8 bilhões, representando um aumento de 3,32% em relação ao mês anterior. Esse incremento, embora esperado em alguns setores, alerta para os desafios crescentes enfrentados pelos consumidores.
O número de brasileiros em situação de inadimplência também apresentou um crescimento marginal. Com 71,82 milhões de pessoas nessa condição, o país alcançou o segundo maior patamar do ano, ficando atrás apenas do registrado em maio, quando 71,90 milhões estavam com dívidas atrasadas.
A disparidade entre os estados é evidente. Enquanto lugares como o Rio de Janeiro, Amapá e Distrito Federal superam a marca de 50% da população enfrentando dificuldades financeiras, outros, como Piauí, Santa Catarina e Paraíba, registram percentuais consideravelmente menores, abaixo dos 40%.
Frente a essa realidade desafiadora, iniciativas como o Serasa Limpa Nome têm desempenhado um papel crucial. Com mais de 450 milhões de ofertas para renegociar dívidas, disponibilizando um montante de R$664 bilhões, a campanha fechou mais de 3 milhões de acordos. Os descontos concedidos ultrapassaram R$8,96 bilhões, oferecendo um alívio financeiro médio de R$774,88 por acordo.
Estes números, além de ilustrarem a complexidade das finanças pessoais, também destacam a importância de programas de renegociação e educação financeira para mitigar os desafios da inadimplência no país.